terça-feira, 20 de julho de 2010

Historiador da ACALUZ



DIEGO BRAGANÇA DE MOURA
Cidade natal: Cajueiro/Alagoas
Nascido em 30 de outubro de 1985
Identidade étnica: Negro
Caboclo de Devoção: Tombacé das Oliveiras - Borboleta

FORMAÇÃO ACADÊMICA:
Bacharelado/Licenciatura Plena em História pela Universidade Federal do Pará (UFPA). Pós-Graduação Lato Senso em Educação para as Relações Étnico-Raciais, História e Cultura Afro- Brasileira e Africana pelo Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Pará (IFPA). Pós-Graduação Lato Senso em Psicopedagogia pelo Instituto de Educação e Cultura do Pará (IEPA). Historiador/Pesquisador da Associação Cultural Axé e Luz (ACALUZ). 


ÁREAS DE INTERESSES:
Suas áreas de interesses buscam interconexões com temáticas que discutam questões de Patrimônio Cultural, Museologia, Cultura Popular, Memória, Identidade, Representações Sociais do Racismo, Linguística, História, Religiosidade, Preconceito, Questões Políticas, Sociais e Educacionais.


Contatos: E-mail: diegobm20@gmail.com (para recebimento de dúvidas, sugestões e críticas)

https://www.facebook.com/diegobragancademoura (Facebook)

Por. Adriano Figueiredo Leite - Presidente da ACALUZ

segunda-feira, 31 de maio de 2010

Cantando para Bandeirantes

Família da Bandeira



O movimento dos bandeirantes, ou simplesmente bandeiras, foi um movimento iniciado em meados do século XVII. Os bandeirantes foram, praticamente, os desbravadores do Brasil. Bartolomeu Bueno da Silva, Antônio Raposo Tavares, Manuel de Borba Gato e Fernão Dias Pais são alguns dos mais famosos bandeirantes.

No início do movimento, os bandeirantes adentravam o país em busca de índios para serem escravizados. Depois que a escravidão de índios deixou de ser usual, ele passaram a procurar no interior do país metais preciosos. Foi aí que o ouro foi descoberto em Cuiabá e também em Minas Gerais. Goiás também teve suas cidades mineradoras como a antiga Vila Boa – atual Cidade de Goiás – e Pirenópolis. Os bandeirantes também capturavam escravos fugitivos que se embrenhavam dentro de matas para formar quilombos. O Quilombo dos Palmares, por exemplo, foi destruído por um grupo de bandeirantes.


Durante suas aventuras no território brasileiro, os mantimentos dos bandeirantes muitas vezes acabavam. Assim, eles eram obrigados a montar acampamentos para plantar e fazer reposição do estoque de mantimentos. Esses acampamentos davam origem a pequenos arraiais. Os arraiais formados por causa da mineração, muitas vezes desapareciam junto com a prospecção ou então davam origem a municípios.

Os bandeirantes levavam arcabuzes, bacamartes, pistolas, chumbo e pólvora, machados, facas, foices e cordas para prender e conduzir os índios escravizados. Apesar de representados, em pinturas e esculturas, como homens bem vestidos, andavam descalços, usando grandes chapéus de abas largas e gibões de algodão acolchoados para se proteger das flechas. Caminhavam em fila indiana, uma influência indígena. Durante o tempo que passavam no sertão, o alimento básico era a "farinha de guerra", feita de mandioca cozida e compactada, além do que encontrassem na mata. Dependiam da caça, da pesca, das ervas e raízes, do mel silvestre e, quando adoeciam recorriam aos recursos da flora e da fauna utilizados na "medicina" indígena, conhecidos mais tarde, em toda a Colônia, como "remédios de paulistas".

"Com o tempo, passaram a plantar roças de subsistência ao longo dos caminhos percorridos, que eram colhidas na volta ou deixadas para outras bandeiras".

I.
Meu Pai ganhou bandeira
Na mata do Araçá
Chegou caboclo em terra
Chegou sem Caçará..
Caçará Caboclo
Pedra de Itacolomi
Salve o Rei da Bandeira
E a folha do Ariri…

II.
Eu sou aquele caboclo
Que já venci trincheira
Me Chamo Caçará
Filho do Rei da Bandeira
(Pontos enviados por Erickson Lima)
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III.
Olho d’água
Seu Olho d’água popocou na areia
Popocou na areia
Popocou na areia do mar.
O Seu navio encalhou na areia
O Seu navio afundiou no alto mar
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IV.
Areinha
Eu sou aquele caboclo
Nasci em um morro de areia (bis)
Me chamo Areinha
Filho do Rei da Bandeira

V.
Princesa Iracema
Ô Irá
Ô Iracema (bis)
Sou a cabocla guerreira
Sou a Cabocla Iracema (bis)
Senhora Dantã
Ô lá vem Dantã

VI.
Vestida da cor de pavão
Como ela vem tão bonita
Com a borboleta na mão.

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VI.
Caboclo Serraria
Terra de caboclo
É uma grande encantaria (bis)
Lá vem caboclo
Lá da Serraria (bis)

VII.
Princesa Iracema
Quem quizer viver sobre a terra
Quem quizer viver sobre o mar (bis)
Salve a Princesa Iracema
Salve a sereia do mar (bis)

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VIII.
Abitaquara
Abitaquara é guerreiro
Guerreiro que sabe guerrea
Ele é filho da Bandeira
Bandeira, bandeira imperial.
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IX.
Cabocla Ita
Ô Ita
Companheira Ita
Ô Ita
Vamos pelejar (bis)
No mar já não tem canoa
Passarinho avoa
Passo avuadoor (bis)
____-

X.
Eu vou fazer uma viagem
Uma viagem de vapor
Na Ilha dos Carangueijos
Cabocla Ita se encantou
Andei, andei minha senhora
E acá cheguei .
(Pontos enviados por Salomão)
______-
XI.
Caboclo do Munir
Eu sou caboclo que vem do Munir (bis)
Ôh caboclo é feio, anda sozinho. (bis)
______ -

XII.
Caboclinho
Numa raiz de coral
Foi aonde eu nasci (bis)
Sou eu Caboclinho sou eu
Da praia do Ariri. (bis)

_______-
XIII.
Cabocla Ita
Na minha adeia mora uma Cabocla
Todos dizem que é homem,
Mas ela é muher (bis)
Ela é a Cabocla Ita
Da pena cinzenta
Mora na aldeia de Tapindaré. (bis)
(Pontos enviados por Salomão)

Publicado por. Adriano Figueiredo Leite - Presidente da ACALUZ.
Pesquisado por. Diego Bragança de Moura - Historiador da ACALUZ
Fonte: www.multirio.rj.gov.br  

sábado, 29 de maio de 2010

Exu Tata Caveira


História

Antes de ser uma entidade, Tatá Caveira viveu na terra física, assim como todos nós. Acreditamos que nasceu em 670 D.C., e viveu até dezembro de 698, no Egito, ou de acordo com a própria entidade, "Na minha terra sagrada, na beira do Grande Rio".
Seu nome era Próculo, de origem Romana, dado em homenagem ao chefe da Guarda Romana naquela época.
Próculo vivia em uma aldeia, fazendo parte de uma família bastante humilde. Durante toda sua vida, batalhou para crescer e acumular riquezas, principalmente na forma de cabras, camelos e terras. Naquela época, para ter uma mulher era necessário comprá-la do pai ou responsável, e esta era a motivação que levou Próculo a batalhar tanto pelo crescimento financeiro.
Próculo viveu de fato uma grande paixão por uma moça que fora criada junto com ele desde pequeno, como uma amiga. Porém, sua cautela o fez acumular muita riqueza, pois não queria correr o risco de ver seu desejo de união recusado pelo pai da moça.
O destino pregou uma peça amarga em Próculo, pois seu irmão de sangue, sabendo da intenção que Próculo tinha com relação à moça, foi peça chave de uma traição muito grave. Justamente quando Próculo conseguiu adquirir mais da metade da aldeia onde viviam, estando assim seguro que ninguém poderia oferecer maior quantia pela moça, foi apunhalado pelas costas pelo seu próprio irmão, que comprou-a horas antes. De fato, a moça foi comprada na noite anterior à manhã que Próculo intencionava concretizar seu pedido.
Ao saber do ocorrido, Próculo ficou extremamente magoado com seu irmão, porém o respeitou pelo fato ser sangue do seu sangue. Seu irmão, apesar de mais velho, era muito invejoso e não possuía nem metade da riqueza que Próculo havia acumulado.
A aldeia de Próculo era rica e próspera, e isto trazia muita inveja a aldeias vizinhas. Certo dia, uma aldeia próxima, muito maior em habitantes, porém com menos riquezas, por ser afastada do Rio Nilo, começou a ter sua atenção voltada para a aldeia de Próculo.
Uma guerra teve início. A aldeia de Próculo foi invadida repentinamente, e pegou todos os habitantes de surpresa. Estando em inferioridade numérica, foram todos mortos, restando somente 49 pessoas.
Estes 49 sobreviventes, revoltados, se uniram e partiram para a vingança, invadindo a aldeia inimiga, onde estavam mulheres e crianças. Muitas pessoas inocentes foram mortas neste ato de raiva e ódio. No entanto, devido à inferioridade numérica, logo todos foram cercados e capturados.
Próculo, assim como seus companheiros, foi queimado vivo. No entanto, a dor maior que Próculo sentiu "não foi a do fogo, mas a do coração", pela traição que sofreu do próprio irmão, que agora queimava ao seu lado.
Esta foi a origem dos 49 exus da linha de Caveira, constituída por todos os homens e mulheres que naquele dia desencarnaram.
Entre os exus da linha de Caveira, existem: Caveira, João Caveira, Caveirinha, Rosa Caveira, Dr. Caveira (7 Caveiras), Quebra-Osso, entre muitos outros. Por motivo de respeito, não será indicado aqui qual exu da linha de Caveira foi o irmão de Caveira enquanto vivo.
Como entidade, o Chefe-de-falange Caveira é muito incompreendido, e tem poucos cavalos. São raros os médiuns que o incorporam, pois tem fama de bravo e rabugento. No entanto, diversos médiuns incorporam exus de sua falange.
Caveira é brincalhão, ao mesmo tempo sério e austero. Quando fala algo, o faz com firmeza e nunca na dúvida. Tem temperamento inconstante, se apresentando ora alegre, ora nervoso, ora calmo, ora apressado, por isso é dado por muitos como louco.
No entanto, Caveira é extremamente leal e amigo, sendo até um pouco ciumento. Fidelidade é uma de suas características mais marcantes, por isso mesmo Caveira não perdoa traição e valoriza muito a amizade verdadeira. Considera a pior das traições a traição de um amigo.
Em muitas literaturas é criticado, e são as poucas as pessoas que têm a oportunidade de conhecer a fundo Caveira Chefe-de-falange. O cavalo demora a adquirir confiança e intimidade com este exu, pois é posto a prova o tempo todo.
No entanto, uma vez amigo de Caveira, tem-se um amigo para o resto da vida. Nesta e em outras evoluções.
Postado por. Adriano Figueiredo Leite - Presidente da ACALUZ
Pesquisa. Diego Bragança de Moura - Historiador da ACALUZ

quarta-feira, 26 de maio de 2010

Exus - Anjos ou Demônios?


Muitos acreditam que nossos amigos Exús são Demônios, maus, ruins, perversos, que bebem sangue e se regozijam com as desgraças que podem provocar (Stephen King perto deles é um pobre inocente).
É necessário entender que no sincretismo afro-católico (imposto num processo de aculturação dos Negros pelos padres Católicos) os Orixás foram associados aos Santos Católicos, inclusive Exu, que é representado por Santo Antônio (Santo Antônio de Pemba, Santo Antônio de Ouro Fino, etc.). Mas Porquê este Orixá, irmão de Ogum, animado, gozador, alegre, extrovertido, sincero e sobretudo amigo, foi comparado com o Diabo das profundezas macabras dos INFERNOS? Bem, para conhecer está história vamos viajar para 6.000 anos atrás, local, Mesopotâmia.
A Demonologia Mesopotâmica influenciou diversos povos: Hebreus, Gregos, Romanos, Cristãos e outros. Sobrevive até hoje nos rituais Satânicos que muitos já devem ter escutado e visto notícias na televisão e lido nos jornais nacionais e internacionais, principalmente na Europa e EUA.
Na Mesopotâmia os males da vida que não constituíssem catástrofes naturais eram atribuídas aos Demônios ( No mundo atual as pessoas continuam a fazer isso). Os Sacerdotes, para combater as forças do mal, tinham que conhecer o nome dos Demônios e perfaziam enormes listas, quase intermináveis. O Demônio mau era conhecido genericamente como UTUKKU. O grupo de 7 (sete) Demônios maus é com freqüência encontrado em encantamentos antigos. Se dividiam em Machos e Fêmeas. Tinham a forma de meio Humano e meio Animal: Cabeça e tronco de Homem ou Mulher, cintura e pernas de cabra e garras nas mãos. Com sede de sangue, de preferência Humano, mas aceitavam de outros animais. Os Demônios frequentavam os túmulos, caminhos (encruzas), lugares ermos, desertos, especialmente a noite.
Nem todos eram maus, haviam os Demônios Bons que eram invocados para combater os Maus. Demônios benignos são representados como gênios guardiões, em número de 7 (sete), que guardam as porteiras, portas dos templos, cemitérios, encruzas, casas e palácios.
Bom, os Negros africanos em suas danças nas senzalas, nas quais os brancos achavam que eram a forma deles saudarem os Santos, incorporavam alguns Exús, com seu brado e jeito maroto e extrovertido assustavam os brancos que se afastavam ou agrediam os Negros escravos dizendo que eles estavam possuídos por Demônios.
Com o passar do tempo, os brancos tomaram conhecimento dos sacrifícios que os Negros ofereciam a Exu, o que reafirmou sua Hipótese de que essa forma de incorporação era devido a Demônios.
Assim, como Exu não é bobo, assumiu, sem dizer que sim ou que não, esse estereótipo colocado pelo branco.

As cores de Exu, também reafirmaram os medos e a fascinação que rondavam as pessoas mais sensíveis.

Assim, o que aconteceu foi uma associação indevida, maldosa, entre aos Demônios Judaico-Cristãos e os Exus Africanos, simplesmente por similaridades em relação a cores, moradas, manifestação de personalidade, etc. Isso com o tempo foi caindo no gosto popular, na psique de pessoas mentalmente e espiritualmente perturbadas e com Exú a se construir "a visão real", de que Exu é o Demônio.
Muitos médiuns despreparados ou anímicos, ou perturbados mental e espiritualmente, recebiam Exus que diziam-se Demônios. Nessa onda de horror ou de terror, alguns autores Umbandistas do passado, por falta de conhecimento ou por ignorância, fizeram tabelas de "nomes cabalísticos dos diabos", associando esses nomes aos Exus de Umbanda, como: Exu Marabô ou diabo Put Satanaika, Exu Mangueira ou diabo Agalieraps, Exu-Mor ou diabo Belzebu, Exu Rei das Sete Encruzilhadas ou diabo Astaroth, Exu Tranca Ruas ou diabo Tarchimache, Exu Veludo ou diabo Sagathana, Exu Tiriri ou diabo Fleuruty, Exu dos Rios ou diabo Nesbiros e Exu Calunga ou diabo Syrach. Sob as ordens destes e comandando outros mais estão: Exu Ventania ou diabo Baechard, Exu Quebra Galho ou diabo Frismost, Exu das Sete Cruzes ou diabo Merifild, Exu Tronqueira ou diabo Clistheret, Exu das Sete Poeiras ou diabo Silcharde, Exu Gira Mundo ou diabo Segal, Exu das Matas ou diabo Hicpacth, Exu das Pedras ou diabo Humots, Exu dos Cemitérios ou diabo Frucissière, Exu Morcego ou diabo Guland, Exu das Sete Portas ou diabo Sugat, Exu da Pedra Negra ou diabo Claunech, Exu da Capa Preta ou diabo Musigin, Exu Marabá ou diabo Huictogaras, e o nosso Exu-Mulher, Exu Pombagira, simplesmente Pombagira ou diabo Klepoth. Mas há também os Exus que trabalham sob as ordens do orixá Omulu, o senhor dos cemitérios, e seus ajudantes Exu Caveira ou diabo Sergulath e Exu da Meia-Noite ou diabo Hael, cujos nomes mais conhecidos são Exu Tata Caveira (Proculo), Exu Brasa (Haristum) Exu Mirim (Serguth), Exu Pemba (Brulefer) e Exu Pagão ou diabo Bucons.
Comerciantes inescrupulosos ou, simplesmente, ignorântes, criaram imagens de Exus como diabos, cada vez mais estranhos e aterradores (cifres, rabos, partes de animais ...). construindo no imaginário de muitos médiuns e da população Brasileira, um esteriótipo de Exu = Diabo, Exu = Satanás, Exu = Coisa Ruim.
Hoje em dia as casas de Umbanda (centros, terreiros, tendas ...), pelos estudos, pelo conhecimento e pela orientação dos reais Exus, estão abolindo essas imagens e condenando seu uso. Assim como, recriminando médiuns e supostas entidades que se manifestam dessa maneira dentro dos Terreiros. Porém, o mal foi feito, o esteriótipo atingiu o psique das mentes mais fracas e, muitas vezes, vemos em certos canais de televisão que fazem programas religiosos, a invocação dessas aberrações e a indevida associação aos Exus de Umbanda. O que podemos dizer é que quem incoca a Deus, Deus o tem; quem invoca do Diabo, o diabo o tem.
Algumas correntes religiosos estão alimentando na população que participam de seus ritos, a visão de que a culpa para a mazela de suas vidas são os Diabos, os Exus, que vêm babando, com as mãos tortas, grunhindo, gritando ( "vou levar, vou levar ... !!!"), todos tortos e formatados dentro de um psique moldado e caricato.
Essas religiões e/ou seitas, estão alimentando o medo, a ignorância, o preconceito, a discriminação e a ilusão de que a culto pela dor alheia é cansado pela Umbanda e pelos seus guias, principalmente os Exus. Então fiquem sabendo que isso é mentira, é ilusão é ignorância.
Exu combate o mal, ele devolve o que mandam de ruim, é justo, tem equidade em suas decisões e em seus trabalhos. Ele não é, e nunca foi o diabo.

Mas então quem é EXU?

Ele é o guardião dos caminhos, soldado dos Pretos-velhos e Caboclos, emissário entre os homens e os Orixás, lutador contra o mau, sempre de frente, sem medo, sem mandar recado.
Exu não faz mau a ninguém, mas joga para cima de quem merece, quem realmente é mau o mau que essa pessoa fez a outra. Ele devolve, as vezes com até mais força, os trabalhos que alguns fizeram contra outros. Por isso, algumas pessoas consideram esse Orixá malvado.
Existem entidades que se dizem Exu e que fazem somente o mau em troca de presentes aos seus médiuns ou por grandes e custosas obrigações, serviços. Não se engane, Exu que é Exu, não faz mau, a não ser com quem merece e além disso, quando ajuda a uma pessoa não pede nada em troca, a não ser que a pessoa tome juízo, se comporte bem na vida, acredite em Deus e tenha fé.

Exu, O Guia.

Existem dois portadores do nome Exu. Um é o Orixá Exu. O outro, são os Guias chamados de Exu (espíritos, muitos, não mais reencarnacionais) que vêm na emanação principal de Exu (O Orixá) que lhes deu suas características, seus gostos, seus hábitos. Porém, esses Exus, também são subordinados a um Orixá regente, que pode ser Omulu, Xangô, Oxossí, ...
Correntes antigas, Esotéricas, montaram uma hierarquia para os Exus (Guias), relacionando 7 (sete) Exus (Guias) principais, considerados como os 7 (sete) chefes de Legião, que comandam e coordenam outros Exus (Falanges), sendo que cada um de seus comandados também comandam mais 7 (sete), seguindo uma ordem hierárquica de cima para baixo de 7 (sete) em 7 (sete).

São eles os 7 (sete) Exus guardiões ou principais:


SR. SETE ENCRUZILHADAS




SR. MARABÔ



SR. TRANCA RUAS


SR. TIRIRI


SR. GIRA MUNDO



SR. VELUDO



SRA. POMBA GIRA OU BOMBO GIRA.



Cada um desses amigos trabalha dentro das 7 (sete) linhas da UMBANDA, lutando contra o mal e ajudando as pessoas.

SEU JEITO E SEU TRABALHO.

Exu gosta de rir, brincar com as pessoas, dizer alguns palavrões, nem todos fazem isso, ser franco e direto, não faz rodeios nem mente. Gosta de beber e fumar, ao contrário do que muitos pensam a bebida e o fumo são peças de aproximação, fazendo com que as pessoas se identifiquem, fiquem mais descontraídas como se estivessem em uma festa. Caso não tenha bebida, ou fuma, ele trabalha do mesmo jeito, porque sua finalidade e ajudar àqueles que precisam.

Alguns Exus foram pessoas como: Políticos, Médicos, Advogados, Trabalhadores, Vadios, Prostitutas, Pessoas comuns, Padres, etc. Que cometeram alguma falha e escolheram, ou foram escolhidos, a vir nessa forma para redimir seus erros passados, outros, são espíritos evoluídos que escolheram ajudar e continuar sua evolução atendendo e orientando as pessoas e combatendo o mal. Assim, quem diz que os Exus são Demônios, na concepção de que são ruins, ou espíritos sem luz, baixos, não sabe o que está dizendo, ou não conhecem a história de cada Exu, os porquês de sua ritualística, seu modo de trabalho ou sua missão. Não se julga um livro por sua capa ou a pessoa pela sua aparência!

Em seus trabalhos Exu corta demandas, desfaz trabalhos e feitiços e magia negra, feitos por espíritos malignos. Ajudam nos descarregos retirando os encostos e espíritos obsessores e os encaminhando para luz ou para que possam cumprir suas penas em outros lugares do astral inferior.

Seu dia é a Segunda-feira, sua bebida, cada um tem a sua, sua roupa, quando lhe é permitido tem cores preta e vermelha. Não aceita sacrifícios de animais, mas se a pessoa quiser acender uma vela (preta e vermelha) na encruza, colocar charutos ou cigarros, cachaça ou outra bebida de agrado é bem vindo. Pode-se colocar, também, rosas para as pomba giras com champanhe, pois elas gostam.

Assim é Exu.

As Vezes temido, as vezes amado, mas sempre alegre, honesto e combatente da maldade no mundo.

Salve meus compadres!

Por. Adriano Figueiredo Leite - Presidente da ACALUZ
Pesquisa. Diego Bragança de Moura - Historiador da ACALUZ.
Site de Pesquisa http://www.umbanda.etc.br/guias/exus.html, de 1997, autor Pai Etiene Sales.

terça-feira, 25 de maio de 2010

Mariana, Zé Pelitra e Rosinha Malandra

A ACALUZ, tem a honra de convidar todos os irmãos de fé para uma pequena homengem que ocorrerá no dia 23 de junho de 2010 as 16h00 na sede da Associação na Capital Belém, cito. Rod. Arthur Bernardes, Rua Paulo Guilherme nº 06 - Tapanã/Icoaraci. A pequena homenagem as entidades Zé Pelintra - Zelador Eldi Costa - Tawandacy também conhecido por Profº Jaspion, Rosinha Malandra - Zeladora Andréia Costa, e Cabocla Mariana - Zeladora e Mãe Pequena do Abaça Afro-Brasileiro de Juliana e Banzeiro Grande e fundadora da ACALUZ, Maria Auxiliadora.

Com permissão das entidades citadas na ultima gira feita na sede da Associação, decidimos em conjunto realizar as homengens das entidades em conjunto. Uma vez que a Mãe Pequena Maria Auxiliadora iria comemorar na Sede da ACALUZ em Cachoeira do Ararí a festa anual da Cabocla Mariana, mas ficou decidido que primeiro seria feita na nova sede em Belém já que o Zelador Presidente da ACALUZ não poderá estar presente em Cachoeira do Ararí e também  por querer homenagear a entidade dentro da nova sede.

Estão todos convidados, é sempre bom e gratificante contar com a presença de Todos.


Postado. Adriano Figueiredo Leite - Presidente da ACALUZ
Texto de Adriano Figueiredo Leite.