sábado, 17 de dezembro de 2011

Conflitos na Umbanda

Em face à tantos conceitos cósmicos e questões que se reportam aos conhecimentos helênicos e transcendentais, a de se observar um largo distanciamento do umbandista do que seja a essência da Umbanda, Religião abraçada por muitos, porém, pouco vivenciada pela grande maioria dos que Dela participam.
Viver a Umbanda não é dar-lhe nomes cabalísticos com a finalidade e preocupação precípua de demonstrar-lhe sua área de atuação;
Viver a Umbanda não é direciona-la aos que possuem inteligências notáveis, apresentando-a em pontos e contrapontos tão somente para as mentes brilhantes.
Viver a Umbanda não é limita-la a tal ou qual escola porque nenhuma Delas é dona da Umbanda.
Umbanda: “manifestação do Espírito para a caridade!”
A de ser reconhecer que quando os filhos dessa Banda lhe nomeiam, direcionam a uma minoria como sendo os eleitos para assimilação da verdade ou a limitam, estão forçosamente fazendo um caminho inverso do que seja o exercício da caridade.
A Umbanda é grandiosa! Tão grandiosa que esconde sua verdadeira face nas formas fluídicas escolhida pelos seus trabalhadores espirituais que se apresentam nos terreiros como Caboclos, Pais Velhos, Ibeijadas e Exus.
A Umbanda é ampla por agregar em si espíritos de todas as nacionalidades que se amoldam perfeitamente ao seu triângulo de sustentação.
A Umbanda é rica! Não por alguns templos suntuosos que a projetam, mas, sim, pela simplicidade que fala aos corações sofridos!
A Umbanda é humildade pela palavra consoladora e de fácil entendimento para os que a ouvem com a ausculta astral!
A Umbanda é caridade pela extensão dessa palavra que caminha ladeada ao amor!
A Umbanda é energia em pleno movimento! Em plena extensão! Expandam vossas mentes!
Calem vossas intolerâncias, as vossas indiferenças!
Sensibilizem vossos corações! Pois, só assim valerá a pena estar na Umbanda. Ser umbandista! Até porque fora disso não resultará em nada os filhos terem visto a Luz de Oxalá e permanecerem cegos.
Umbanda é trabalho!
Então meus filhos! Trabalhem pelo vosso próximo! Trabalhem por vocês! Trabalhem pelo hoje preparando o futuro de muitas gerações.
Lembrem-se! Vocês são instrumentos de uma Causa muito Maior a qual não vê fronteira e nem rótulos, mas, sim, a disposição que cada qual tem de servir a Lei de Aruanda.
Os modismos passam e sempre passarão! Mas, a Umbanda permanecerá em toda sua plenitude, o que será visto pelos que tem olhos de ver e ouvidos para ouvir.

Por. Adriano Figueiredo Leite - Presidente da ACALUZ

quinta-feira, 19 de maio de 2011

A Matéria e o Espírito


A ACALUZ - Associação Cultural Axé e Luz (http://www.acaluz1.blogspot.com/) bem como, o Núcleo Mata Verde (http://www.mataverde.org/) acreditamos que a ciência e a religião devem caminhar juntas.
O saber científico não pode contradizer o saber religioso, ambos devem caminhar de mãos dadas e se completarem.
Em função do exposto acreditamos que o estudo deve ser condição primeira em todos os Terreiros de Umbanda, não podemos mais em pleno século XXI abrir mão do estudo em uma casa religiosa onde recebemos vários tipos de pessoas, inclusive jovens ávidos pelo saber.
Os fundamentos desta doutrina tem sua origem no conhecimento científico da atualidade, no estudo da doutrina espírita, na mitologia africana e na mitologia indígena.

O Princípio – O Universo:

O Universo é o conjunto de tudo aquilo que existe.
A humanidade busca cada vez mais se aprofundar no conhecimento da origem e natureza do universo.
A ciência moderna tem como principal teoria para a origem do universo o Big Bang.
O Big Bang é a teoria cosmológica dominante do desenvolvimento inicial do universo. Os cosmólogos usam o termo “Big Bang” para se referir à idéia de que o universo estava originalmente muito quente e denso em algum tempo finito no passado e, desde então tem se resfriado pela expansão ao estado diluído atual e continua em expansão atualmente. A teoria é sustentada por explicações mais completas e precisas a partir de evidências científicas disponíveis e da observação. De acordo com as melhores medições disponíveis em 2010, as condições iniciais ocorreram por volta de 13,3 a 13,9 bilhões de anos atrás. Dizem os cientistas que foi neste exato momento que o espaço, o tempo e tudo o que existe foi criado.
Apesar de ser uma tendência da cosmologia investir num princípio, devemos considerar que o argumento que endossa a teoria do Big Bang é uma expansão do universo que pode ser observada. No entanto, essa dilatação pode ser um fenômeno regional, existente apenas nos limites do universo observável ou no alcance do atual telescópio Espacial Hubble. Diante disso, existe a possibilidade desse fenômeno não atender todo o universo. Nesse caso, o que até hoje foi observado seria somente um processo de dilatação regional de causa ainda desconhecida, e somente o desenvolvimento de telescópios de maior alcance e resolução poderiam confirmá-lo.
Não se sabe exatamente o tempo em que este universo irá crescer, mas dizem alguns cientistas, que num determinado tempo tudo deixaria de existir.
Outros cientistas defendem a tese que após um período de expansão haveria um período de retração deste universo até a condição inicial, onde novamente ocorreria novamente outra explosão e uma nova expansão.
O Big Crunch é uma teoria segundo a qual o universo começará no futuro a contrair-se, devido à atração gravitacional, até entrar em colapso sobre si mesmo. Essa teoria suscita um mistério ainda maior de se analisar do que o Big Bang.
Na primeira hipótese teríamos somente a existência de um único universo, que teria uma determinada data de criação e uma determinada data da sua destruição.
Na segunda hipótese, existe a possibilidade da existência de infinitos universos já terem existido e num futuro outros universos virem a existir.
É como um processo de respiração, onde se sucedem expansão e retração da energia.
Consideramos esta segunda hipótese, mais próxima dos ideais espiritualistas que defendemos e divulgamos.
Alguns religiosos já chegaram a falar alguma coisa semelhante à “respiração divina”.

O Planeta Terra:

O Universo pela sua idade e dimensões é uma realidade que ainda se encontra bem distante do conhecimento humano.
Já nosso planeta Terra, possui elementos que já foram detalhadamente estudados e compreendidos pelo Homem, a arqueologia a cada dia encontra mais informações sobre a origem do planeta e do homem.
É a partir deste processo evolutivo do planeta Terra que se alicerça as bases da doutrina dos Sete Reinos Sagrados, podemos afirmar que SOMOS FILHOS DO PLANETA.

O Conhecimento humano:

O planeta possui aproximadamente de 4 a 5 bilhões de anos, os pesquisadores dizem que o Homem Sapiens, (nosso ancestral direto) surgiu aproximadamente há 200 mil anos.
Há aproximadamente duzentos mil anos, o homem busca explicações para a vida, a doença e a morte.
Quem somos nós?

O que somos?

Qual a finalidade da vida e da morte?

De onde viemos e para onde iremos?

Nesta busca pelo conhecimento e na resposta destas eternas dúvidas, duas grandes correntes do pensamento humano de destacam: Materialismo e Espiritualismo.

Materialismo e Espiritualismo:
A visão filosófica do espiritualismo é a mais antiga delas, pois o homem desde o principio sempre temeu o desconhecido e foi através da crença na existência de seres espirituais: Deuses e espíritos que as religiões se desenvolveram.
Entre as duas correntes filosóficas os espiritualistas são maioria.
Já a filosofia materialista é bem mais recente, tem sua origem no Sec. VI a.C na Grécia.
Vamos conhecer melhor estas duas correntes do pensamento humano.

Materialismo:

Vamos iniciar pelo materialismo por ser um conceito filosófico bem mais recente.
O Materialismo é uma doutrina filosófica que admite como realidade apenas a matéria. Nega a existência da alma, do mundo espiritual ou divino. Formulada pela primeira vez no século VI a.C., na Grécia, ganha impulso no século XVI, quando assume diferentes formas.
Para os gregos, os fenômenos devem ser explicados não por mitos religiosos, mas pela observação da realidade. A matéria é a substância de todas as coisas. A geração e a degeneração do que existe obedecem a leis físicas. A matéria encontra-se em permanente metamorfose.
Vamos conhecer um pouco mais sobre esta visão filosófica.
Materialismo Filosófico – No século XVIII, o francês Julien de la Mettrie (1709-1751), os pensadores da Enciclopédia e o Barão de Holbach (1723-1789) lançam o materialismo filosófico, doutrina que considera o homem uma máquina e nega a existência da alma, em oposição ao espiritualismo.

Materialismo Científico – No século XIX surge na Alemanha o materialismo científico, que substitui Deus pela razão ou pelo homem, prega que toda explicação científica resulta de um processo psicoquímico e que o pensamento é apenas um produto do cérebro. Seus principais formuladores são Karl Vogt (1817-1895), Ludwig Büchner (1824-1899) e Ludwig Feuerbach (1804-1872).

Materialismo Histórico – O marxismo, por sua vez, baseia-se numa concepção materialista da história – denominada materialismo histórico por Friedrich Engels (1820-1895) -, pela qual a história do homem é a da luta entre as diferentes classes sociais, determinada pelas relações econômicas da época.

Materialismo dialético – é constituído como doutrina por Lênin e recebe esse nome porque sua teoria é materialista e seu método, a dialética.

Materialismo Energetista – No início do século XX, as idéias de pensadores como Richard Avenarius (1843-1896), Ernst Mach (1838-1916) e Wilhelm Ostwald (1853-1932) dão origem ao materialismo energetista, teoria mais filosófica que científica, pela qual espírito e matéria são apenas formas da energia que constituem a realidade.

Aqui fazemos um breve parêntesis para chamar sua atenção!
É muito comum, atualmente, encontrarmos umbandistas que corriqueiramente dizem em alto e bom som:
Deus e os Espíritos são uma forma de energia…
É um grande erro, pois ao fazerem esta afirmação estão defendendo um princípio materialista, o materialismo Energetista, que teve suas bases apresentadas no início do século XX.
Estes “espiritualistas” estão afirmando, sem saberem, serem materialistas e não espiritualistas.
Em física, a equivalência massa-energia é o conceito de que qualquer massa possui uma energia associada e vice-versa. Na relatividade especial, essa relação é expressa pela fórmula de equivalência massa-energia e=mv² (a famosa fórmula de Einstein).

Fazemos questão de deixar bem claro: ESPÍRITO E MATERIA são princípios totalmente diferentes, um não se transforma no outro.

MATÉRIA NÃO VIRA ESPÍRITO, ASSIM COMO ESPÍRITO NÃO VIRA MATÉRIA!

Como massa se transforma em energia e energia se transforma em massa, pela relação apresentada acima (conhecida formula de Einstein), podemos afirmar categoricamente que espírito não é energia.
Embora aparentemente, sejam conceitos simples, temos presenciado uma grande confusão e falta de base filosófica em muitos escritores, estudiosos e praticantes umbandistas. (Podemos dizer espiritualistas)
A literatura espírita e umbandista é rica nesta erro conceitual.
Quando publicamos o livro “Umbanda Os Sete Reinos Sagrados”, que contém a base doutrinaria do Núcleo Mata Verde, fizemos questão de esclarecer este assunto e na ocasião insistimos neste conceito básico que diz que “matéria e espírito são elementos diferentes, básicos e que um não se converte no outro”.
O Espírito, entre outras coisas, pode ser considerado o “principio inteligente do universo”.
Este é um conceito basilar da doutrina dos sete reinos sagrados: A existência da realidade material, a realidade espiritual e Deus o criador.
Essas três coisas são o principio de tudo o que existe, a trindade universal.
Na mitologia africana encontramos estes três conceitos chamados de Aiyê, Orum e Olorum.

O Espiritualismo:

Já aqueles que aceitam o espiritualismo, aceitam que além da matéria existem outras realidades.
Nós os espiritualistas, aceitamos que matéria não pensa, não se emociona, não cria…
Pensar, criar, amar, sofrer são atributos do espírito humano que tem sua essência bem diferente da matéria ou da energia.

São Vicente, 17 de Maio de 2011

Publicado por: Adriano Figueiredo Leite - Presidente da ACALUZ
Pesquisado por: Diego Bragança de Moura - Historiador da ACALUZ
Fonte de Pesquisa: Manoel Lopes – Dirigente do Núcleo Mata Verde - EAD do Núcleo Mata Verde, no site www.mataverde.org/ead
ENERGÉTICA E EPISTEMOLOGIA NO NASCIMENTO DA OBRA DE WILHELM REICH

quarta-feira, 27 de outubro de 2010

História do Hino da Umbanda



Queridos irmãos Umbandistas,

Acredito que todos já tenham ouvido em seus Terreiros este maravilho Hino de nossa amada Religião.
Talvez alguns Umbandistas ainda não o conheçam, e para estes, registramos a letra no banner ao lado, que fica fixo no blog, e abaixo um pouco da História do Hino da Umbanda.
Caso queiram ouvir poderão fazer o Download do Hino nos padrões: MP3, Real Áudio e WMA na seção de multimídia do site Estudando a Umbanda - http://umbanda.ezdir.com.br.
Pois bem, meus irmãos, este hino maravilhoso, que fala de Paz e de Amor, que faz com que fiquemos arrepiados de emoção, quando é executado, infelizmente não possui suas origens conhecidas, provavelmente por quase 99% dos Umbandistas.
Para entender a Música devemos saber que a mesma está ligada a história de seu autor: José Manuel Alves, nascido em 05 de Agosto de 1907 em Monção, Portugal, este Leonino, já em sua terra natal era ligado a Música, tendo dos 12 aos 22 anos tocando clarinete na Banda Tangilense, em sua cidade natal.
Com pouco mais de 20 anos, em 1929, vem para o Brasil, indo residir no interior do Estado de São Paulo. No mesmo ano, mudou-se para a capital paulista, ingressando na Banda da Força Pública, onde ocupou vários postos, aposentando-se como capitão.
Em paralelo a esta função exerceu a carreira de compositor de Músicas Populares e, ao longo da mesma compôs dezenas de músicas as quais foram gravadas por famosos intérpretes da época: Irmãs Galvão, Osni Silva, Ênio Santos, Grupo Piratininga, Carlos Antunes e Carlos Gonzaga entre outros.
Suas composições mais famosas foram: Em 1955, Juanita Cavalcanti gravou a marcha “Pombinha Branca” de sua autoria em parceria Reinaldo Santos; em 1956, Zaccarias e sua Orquestra gravaram o dobrado “Quarto Centenário”, de sua parceria com Mário Zan.
Compôs ainda valsas, xotes, dobrados, baiões, maxixes e outros gêneros musicais. Em 1957, realizou sua única gravação no antigo disco de vinil, o “LP”, acompanhado de sua banda, sendo a gravadora a RCA Victor.
Mas… e a Umbanda? Aonde entra? Para a Umbanda, e para vários Terreiros compôs diversos pontos gravados por diversos intérpretes, como por exemplo, “Saravá Banda” gravado em 1961 por Otávio de Barros, “Prece a Mamãe Oxum” gravado em 1962 pela cantora Maria do Carmo. Além destes temos: “Pombinha branca” (com Reinaldo Santos), “Ponto de Abertura” (com Terezinha de Souza e Vera Dias), “Ponto dos Caboclos”, “Prata da Casa”, “Prece a Mamãe Oxum”, “Xangô Rolou a Pedra”, “Xangô, Rei da Pedreira”, “São Jorge Guerreiro”, “Saravá Oxóssi”, “Homenagem à Mãe Menininha” (c/ Ariovaldo Pires), Saudação aos Orixás, além do Hino da Umbanda.
Mas como foi estabelecida a sua ligação com a Umbanda? Cego de nascença, José Manuel Alves foi, no início da década de 60, em busca de sua cura. Foi procurar a ajuda do Caboclo das Sete Encruzilhadas, entidade do médium Zélio de Morais, fundadores da Umbanda.
Embora não tenha conseguido sua cura porque, segundo consta, sua cegueira era de origem cármica, José Manuel Alves ficou apaixonado pela religião e, ainda em 1960, fez o Hino da Umbanda para mostrar que esta Luz Divina, que vem do Reino de Oxalá, não é para ser vista com os olhos físicos, que voltarão ao pó, mas sim com olhos do espírito, no encontro da mente com o coração …
O Hino foi apresentado ao Caboclo das Sete Encruzilhadas que gostou tanto do mesmo que resolveu apresentá-lo como Hino da Umbanda no 2º Congresso de Umbanda em 1961, sendo oficializado na 1ª Convenção do CONDU - Conselho Nacional Deliberativo de Umbanda em março de 1976.
Podemos nesta pequena história ver que este hino é fruto de um Amor muito grande pela Umbanda, Amor este oriundo de uma Fé profunda, daquelas obtidas com a Humildade e a Resignação ante ao Conjunto de Leis do Pai Maior.
Vamos prestar então nossa Homenagem, agradecendo a Deus e ao Mestre Oxalá, a oportunidade de poder cantar este Hino e ao seu autor, José Manuel Alves, que mostrou com este Hino que a Luz da Umbanda, esta Luz Divina, atravessa todos os obstáculos e é capaz de iluminar a existência de cada um de nós! Sarava Umbanda!

Postado Por. Adriano Figueiredo Leite - Presidente da ACALUZ
Pesquisa: Diego Bragança de Moura - Historiador da ACALUZ
Fontes de consulta:

sexta-feira, 22 de outubro de 2010

Feitiço com Sapo Cururú



A foto em destaque é de um sapo cururu em perfeito estado e que são usados em ritual de magia.



O caso que aqui descreverei é verídico e comprovado com foto, conforme vemos acima...

Aconteceu com um amigo meu de Cachoeira do Arari na Ilha de Marajó, cujo nome não precisa ser comentado, passou por uma situação difícil esta semana, achou nas dependências de sua residência um sapo do tipo "CURURU" (bastante conhecido em nossa região). O nome cururu é originário da língua tupi, onde kuru'ru é a designação popular dada aos grandes sapos do gênero Bufo. O referido sapo estava sem os olhos e sem a língua...

Este é um feitiço clássico e pode ser usado de várias formas (de muita maldade) contra as pessoas. Uma das práticas mais conhecidas é a de escrever um nome no papel, colocar dentro da boca de um sapo e costurar a boca do animal, esse ritual traz desgraças em geral para a pessoa que teve seu nome utilizado no referido ritual. Ou, em outros casos, segundo alguns feiticeiros conhecidos em nossa região, cria-se o sapo como sendo a pessoa a quem se quer atingir, batizando-o com água benta dentro de uma igreja católica, na pia batismal, dando ao sapo, o nome completo da pessoa a que se quer atingir, e tratando-o como se fosse realmente a pessoa, com comida e bebida... Após alguns dias, faz-se o ritual de magia, arrancado-se os olhos e a língua para que este não possa mais enxergar e nem muito menos comer. O sapo deve permanecer vivo... O cuidado de deixa-lo vivo é justamente para que este sofra até a morte sentindo dor, fome, sede e desespero. Pois a magia não para apenas nisso, o sapo é colocado em uma gaiola ou caixa, em sua frente é colocado comida e água. Assim a pessoa a qual o sapo foi relacionado passará pela mesma agonia, sentirá fome e sede e não conseguirá beber e nem comer, até chegar a óbito após muito sofrimento, perda de peso, o corpo fica pele sobre os ossos. Geralmente quem é atacado por um feitiço com sapo cururu, morre de câncer no estômago, queda de cabelo, falta de apetite, excesso de sede sem poder tomar uma gota d'água.

Meu amigo, me informou somente uma semana após o acorrido, dizendo que ficou sem saber o que fazer na hora, unica coisa que ele fez de diferente foi tirar uma foto para mostrar a todos... pegou o sapo com uma sacola plástica, o sapo já estava na beira da morte e jogou para um lugar longe de sua casa para que não viesse a dar mau cheiro...

Em nenhum momento ele atentou que poderia ser um feitiço para ele ou para alguém na sua família.

Expliquei que o certo era ter chamado alguém da nossa religião e informasse do ocorrido. Com certeza alguém saberia o que fazer com o sapo cego e sem língua. Agora meu amigo está em casa acamado, está bem, está fazendo tratamento espiritual, já passou por alguns rituais de limpeza e ebós de quebra feitiço... Não posso relatar muita coisa a pedido dele, mas peço, se passarem por esta situação procurem alguém que entenda do assunto antes de tocar na magia feita. Pois, não se sabe o prejuízo que ela causará.

Estamos abertos a perguntas com resposta enviadas para o e-mail pessoal de cada um, tirando dúvidas a cerca do que fazer quando se deparar com um feitiço desta grandeza.

Texto. Adriano Figueiredo - Presidente da ACALUZ.